quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

É Natal sempre que...














É Natal sempre que…

É Natal sempre que me lembro de alguém especial
e lhe proporciono alegria…
É Natal sempre que tento ouvir com atenção o que posso fazer
para tornar alguém mais feliz…
É Natal sempre que contribuo para o sorriso de uma criança,
sempre que lhe falo do menino Jesus e da Sagrada Família,
dos Anjos do Céu…e das Estrelas Cadentes…
É Natal sempre que despendo um pouco do meu tempo
a pensar nos outros, a oferecer algo aos outros.
É Natal sempre que esqueço as pequenas contrariedades do dia-a-dia,
É Natal sempre que me lembro que somos humanos
e que todos erramos.
É Natal sempre que perdoo.
É Natal sempre que procuro estar perto de quem amo,
É Natal sempre que digo a alguém que a amo.
É Natal sempre que uma refeição se torna especial
porque não estou sozinha
É Natal sempre que ofereço uma refeição a quem tem fome.
É Natal sempre que tomo consciência do meu papel de mãe,
filha, irmã, tia…colega de trabalho…amiga…
É Natal sempre que olho nos olhos um mendigo
e lhe pergunto como posso ajudar.
É Natal sempre que sinto saudade das pessoas
que viveram no meu passado e que permanecem em mim,
É Natal sempre que me alegro com a felicidade dos outros
e sempre que me entristeço com as injustiças
e os infortúnios dos que me rodeiam.
É Natal sempre que me lembro que o meu trabalho,
a minha profissão, tem por detrás uma grande missão…
É Natal sempre que tenho esperança no futuro.
É Natal sempre que acredito na Humanidade.

É Natal… sempre… e tão poucas vezes!

Que o Natal não seja só um dia…na vida
de todos os que fazem parte do meu pequeno mundo!

Felizes Natais!!!! E Felizes Anos Novos!

Ana Cláudia Albergaria

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

O Vazio...

O vazio...
ausência
de conteúdo real,
tangível,
Factual.
Amorfo
desalento,
qual dor
relâmpago
na leitura
da sentença,
no final de um triste
e solitário
julgamento.
Neblina fria
e opaca
que imobiliza o ser
e inaugura o saber viver
sem sentimento.

Ana Claudia Albergaria

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Feitiço

Como uma canção de amor se pode tornar uma bela canção de embalar... era esta canção que eu cantava para o Gonçalo adormecer... e ainda hoje não sei se foi feitiço ou o que é que me deu...para gostar tanto assim de alguém...

Feitiço
by N/A


Eu gostava de olhar para ti

E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite, me guia de dia e seduz...
Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar...
Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu gostava que olhasses
para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo, um olhar em segredo,
só para eu te abraçar...
Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
O primeiro impulso é sempre mais justo,
é mais verdadeiro...
E o primeiro susto dá voltas e voltas
na volta redonda de um beijo profundo...
Eu...
Eu não sei o que me aconteceu...
foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Eu...
Não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Como tu...


Andre Sardet

terça-feira, 17 de outubro de 2006

DIA INTERNACIONAL PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Fala do Velho do Restelo ao astronauta


Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
Ou talvez da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti nem eu sei que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal soletramos, de olhos tensos,
Maravilhas de espaço e de vertigem:
Salgados oceanos que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
(E as bombas de napalme são brinquedos),
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome.

Letra: José Saramago.
Musica: Manuel Freire

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Rosto de Mulher

Rosto de Mulher
Pastel / 2004.
Ana Cláudia Albergaria

(Inten)cidade


(Inten)cidade / 2006.
Acrílico sobre tela: 120x80 cm
Ana Claudia Albergaria


quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Obrigada

Quero agradecer à minha irmã querida, a Cristina; aos meus sobrinhos maravilhosos, Helder, Nuno e Natércia; às minhas verdadeiras amigas: Paula, Zéza, Elizabeth, Ana e Idalina ; aos meus cunhados e grandes amigos , Almerinda e Joaquim; todo o apoio que me estão a dar nesta fase de conclusão da minha dissertação de mestrado...

Pelo amor, carinho, dedicação, atenção, presença... pelas mensagens de força, que me enviam às 2 e 3 horas da manhã... e que me dizem que eu sou capaz!

Pela disponibilidade total para "aturarem" os meus desabafos... me aconselharem... pelas leituras do texto... pelas sugestões, pelas ideias...pelos silêncios, quando assim tem que ser...

Pelo tempo que dedicam ao meu filho... pelos dias que ficaram com ele para eu trabalhar...pelos passeios com ele pela baixa do porto... pelos fins de tarde com ele... pelo carinho que sempre lhe manifestam...

Quero agradecer ao meu pai... pela espera contínua... pelas minhas ausências... e pelo brilho que vejo nos seus olhos sempre que lhe digo que... está quase! Pela força que me trasnmite e o orgulho que tem em mim...

Por tudo o que para mim é fundamental... e que é saber que posso sempre contar com todos vocês!

Obrigada... não vos vou decepcionar!

(esta é uma das formas que encontrei para vos agradecer... para mim vale mais do que aquela folha que, porque todos colocam, eu também irei colocar na parte inicial da minha tese... estas palavras não foram escritas porque os outros também escrevem... foram escritas porque eu vos adoro ! E porque tenho muito a agradecer!

Claudia

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Maria Bethânia

Mais uma das minhas paixões... Maria Bethânia, que considero uma cantora e uma mulher maravilhosa. Para mim representa a beleza da mulher que não estando revelada no seu rosto se manifesta na sua voz e na forma como "É" no palco e como "Está" na vida.

Deixo-vos o seu Grito de Alerta...




Maria Bethânia

Grito de alerta
(Gonzaga Jr.)

Primeiro você me azucrina, me entorta a cabeça

Me bota na boca um gosto amargo de fel

Depois vem chorando desculpas, assim meio pedindo

Querendo ganhar um bocado de mel

Não vê que então eu me rasgo, engasgo, engulo

Reflito e estendo a mão

E assim nossa vida é um rio secando

As pedras cortando e eu vou perguntando: até quando?

São tantas coisinhas miúdas, roendo, comendo

Arrasando aos poucos com o nosso ideal

São frases perdidas num mundo de gritos e gestos

Num jogo de culpa que faz tanto mal

Não quero a razão pois eu sei o quanto estou errado

O quanto já fiz destruir

Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio

E que já não dá mais pra engolir

Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta

Eu busquei a palavra mais certa

Vê se entende o meu grito de alerta

Veja bem, é o amor agitando meu coração

Há um lado carente dizendo que sim

E essa vida da gente gritando que não.


sábado, 16 de setembro de 2006

Tenho um projecto...

( quadro de Marta Monteiro)

Tenho um projecto…
Um espaço aberto, meu, só meu!
No qual eu deposite todos os meus desejos
Todos os meus gritos,
Todas as minhas dores inaudíveis.
Um espaço onde o ilusório e o concreto
Se harmonizem para irem ao encontro do infinito.
Nesse espaço não haverá cor, nem som.
Nem frio, nem calor.
Nesse espaço haverá luz,
Luz…
Luz… brilhante e incolor.
Temo a ausência da luz como temo a cegueira;
Temo a cegueira como temo a ignorância
dos olhares que olham sem ver;
e dos ouvidos que ouvem sem escutar.
Temo ocupar o espaço sem o transformar,
Temo procurar o mundo
sem me encontrar.

Ana Cláudia Albergaria

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Estás...



Estás …

Estás… quando choramos de alegria, com lágrimas que não saem dos olhos mas do peito…
Estás… quando temos os teus netos nos braços, quando lhes falamos de ti com respeito
Estás… quando nos sentimos fortes, quando nos sentimos serenas no nosso leito.
Estás quando perdoamos, quando crescemos, quando amamos.
Estás quando nos arrependemos, quando ao fazer o bem renascemos.
Estás quando sofremos a dor da carne e quando a luz do teu espírito nos ameniza a angustia que vivemos.
Estás quando levantamos a cabeça, mesmo quando o peso nos nossos ombros nos faz curvar.
Estás quando a solidão deixa de ser triste e a escuridão já não nos agonia, porque vens nos iluminar.
Estás quando a saudade de ti nos entristece.
Estás quando vens ao nosso encontro pelos caminhos da memória de quem nunca te esquece.
Estás quando vens doutras paragens por caminhos para nós desconhecidos.
Estás quando em sonhos nos revelas da vida os segredos mais escondidos.
Estás quando olho as violetas, quando o verde primaveril dos teus olhos renasce para nós.
Estás quando escutamos os fados que cantavas e quando rezando ouvimos a tua voz.
Estás para sempre… em nós!


Ana Cláudia Albergaria
14 de Dezembro de 2005

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Seara de fogo








"Seara de Fogo"

Acrílico sobre tela
dimensões 45x55 cm
Ana Claudia Albergaria

Esta tela que eu pintei,com muito carinho, estará para leilão no projecto" mão-a-mão", através do qual se angariam alguns fundos monetários para apoiar instituições socias que prestam um trabalho, reconhecidamente válido, junto das comunidades onde se inserem.
No mês de setembro será a CRIAL - Centro de Recuperação Infantil de Almeirim, distrito de Santarém, que beneficiará dos valor conseguido com esta acção. Esta instituição intervem na área da deficiência.
Se quiserem adquirir este quadro ou outros produtos oferecidos para esse efeito, assim como conhecer melhor o projecto de que vos falo e as instituições apoiadas, consultem o blog:
Com pequenos gestos podemos apaziguar grandes sofrimentos...
Pensem nisto... participem!
ana claudia albergaria

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Quem fui não é mais!


Quem fui não é mais;
Que o tempo apagou de mim toda a memória.
Agora sou o tempo que me enrola
na vida que construo em cada hora.
Da vida serei cúmplice das quedas
no rio ,cujas margens se afastaram
para que ele passasse altivo,
iludido pela força das correntes,
sobre as quais tantos náufragos navegaram.
Hoje não sou mais do que Eu
e talvez queira mesmo ser só Eu,
e, talvez, muito mais do que sinto,
porque sou o tempo que faço
a percorrer um labirinto.
Amanhã serei sempre mais...
Porque espero mais!
Porque acredito!


Ana Claudia Albergaria

terça-feira, 1 de agosto de 2006

As Flores da Sombra...


As flores da Sombra
Acrílico sobre papel / 2005
ana claudia albergaria
Sabem...?

... aquelas pessoas pelas quais passamos na rua e desviamos o olhar porque o olhar delas procura nas pedras do chão a razão para continuarem a caminhar?

... aquelas pessoas de cabeça quase sempre inclinada para baixo... de mãos quase imóveis pelo peso de não terem nada para construir?

... aquelas pessoas cujo caminhar mais parece uma promessa tal é o cansaço e o défice de vontade para continuar?

... aquelas pessoas que já nem dizem, nem esperam, um "bom dia" porque se sentem transparentes... ausentes do presente e vitimas de um passado para nós desconhecido?

... aquelas pessoas que quando estendem a mão encolhem o coração... de humilhação... de tristeza e de vergonha...?
... aquelas pessoas que quando nos aproximamos com um cobertor para as agasalhar, no chão onde dormem, se encolhem com medo... e escondem a cara como uma criança quando teme um bicho que se aproxima?

Não sabem!

Não sabemos!

Temos tanto a aprender com elas! São como as flores da sombra... tão bonitas como todas as outras... mas que ninguém admira nem procura... porque vivem e crescem na solidão!

Essas pessoas são como as FLORES DA SOMBRA!

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Selva laranja

"Selva laranja"
óleo sobre tela / 2005
ana claudia albergaria
Selva laranja... selva de verão... selva da manhã em que o acordar foi de sol... selva de silvas... selva de frutos... selva de sons ... selva de gritos... folhas vivas que fazem sombra ... e ao mesmo tempo aquecem e florescem no meu renascer.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Fios de Esperança

" Fios de Esperança "
Acrílico sobre tela / 2006.
ana claudia albergaria

Os fios de esperança são fios finos... que se fortalecem nos momentos de amor... de amizade... de sorrisos... apesar de fragéis nunca se quebram... tal como a teia fina protege a sua construtora (sem romper) também a esperança suporta o peso de toda uma existência desde que essa existência tenha guardado na sua consciência o segredo de saber esperar!


terça-feira, 4 de julho de 2006

A minha avó...













A minha avó…
Era minha no verdadeiro sentido da palavra:
Era minha porque velava o meu sono;
Iluminava o meu quarto para afugentar os meus medos de criança,
Penteava o meu cabelo com a serenidade de quem nunca se cansa.
Antes de dormir…era o meu nome o primeiro a surgir nas suas orações.
Eu via-me nos olhos dela mesmo que não olhasse para eles.
Eu sentia-me a princesa mais bela e mais amada,
Mesmo que num Castelo sem torres nem riquezas.
No seu colo eu era sempre a bela adormecida
Que mais não esperava que os seus beijos,
E ela a minha avó querida
Que por mim esquecia os seus próprios desejos.
Que estendia os seus braços para mim
Sempre que chegava a casa, ao fim do dia,
Que me deixava pular na cama 10,15, 20 vezes seguidas…
Sem se preocupar se eu ia estragar o colchão,
Ou se a colcha ficava suja,
Ou se o estrado da cama ia acabar partido no chão…
Ela foi a minha grande mestra…
Com ela aprendi muita coisa…
Aprendi antes de mais… que amar é proteger…é cuidar…

é defender…é acarinhar…é tolerar …
é dar…dar…dar…dar…dar…

Não sei se sentiste algum dia o quanto gosto de ti…avó!


quinta-feira, 15 de junho de 2006

Menino do Rio... Caetano Veloso




Menino do rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção, corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte
Adoro ver-te
Menino vadio
Tensão flutuante do rio
Eu canto pra Deus proteger-te
O Havaí seja aqui
Tudo o que sonhares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo
eu desejo o teu desejo
Menino do rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção como um beijo

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Restolho ... Mafalda Veiga


Mafalda Veiga

Restolho

Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário
Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração

terça-feira, 6 de junho de 2006

Eu sei... a nossa Sara Tavares...


Eu Sei


Se eu voar sem saber onde vou

se eu andar sem conhecer quem sou

se eu falar e a voz soar com amanhã

eu sei...

(chorus)

se eu beber dessa luz que apaga

a noite em mim

e se um dia eu disser

que já não quero estar aqui

só Deus sabe o que virá

só Deus sabe o que será

não há outro que conhece tudo o que acontece em mim

se a tristeza é mais profunda que a dor

se este dia já não tem sabor

e no pensar que tudo isto já pensei

eu sei...

(chorus)

se eu beber dessa luz que apaga

a noite em mim

e se um dia eu disser

que já não quero estar aqui

na incerteza de saber

o que fazer, o que querer

mesmo sem nunca pensar

que um dia o vá expressar

não há outro que conhece tudo o que acontece em mim

Sara Tavares e Ana Fonseca

quinta-feira, 1 de junho de 2006

FELIZ DIA PARA TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO

Crianças Felizes... todos os dias!

Hoje, logo pela manhã
Desejei ao meu filho um bom dia da criança

Ele sorriu e disse:
- hoje é o dia da ciança, mãe?

E eu disse:
- sim, filho… vai ser um dia muito bom… vais ter festinha na tua escola…logo vou passear contigo e fazer uma coisa que tu gostes, boa?

Disse ele:
- Eu quero agora!

-Queres agora o quê, filho?

-Quero ter um dia muito bom agora! Não é logo!

De facto… a felicidade é a única coisa na vida que não devemos adiar!

Não desperdicemos o tempo que podemos passar com as nossas crianças… nem a oportunidade de as fazer felizes…elas não serão crianças para sempre!

Como alguém disse um dia…”nunca tenha medo de estragar uma criança com mimos… a infância é a atmosfera onde florescem todos os bons sentimentos”.

Nota: apesar de querer ver sempre o meu filho sorrir… todos os dias… hoje… vou-lhe dizer (não lhe posso omitir) que existem muitas… muitas… muitas crianças que não conseguem sorrir!

E se ele me perguntar porquê?

Eu direi:

- Porque não têm a mãe e o pai a desejar um bom dia pela manhã… porque não têm o que comer quando dói a barriguinha… porque não têm brinquedos… porque têm frio…porque estão doentes…porque não podem ir à escola… porque não recebem livros do Noddy quando fazem anos… porque são infelizes!

O mais certo é ele perguntar outra vez porquê…

E aí… terei de lhe dizer que os adultos não conseguem responder! (mas nós sabemos que a verdade é que os adultos - não querem - responder!)

terça-feira, 30 de maio de 2006

Fechem os olhos... escutem... é a Elis!

Romaria

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamento
Sobre meu cavalo
É de laço e de nó
De jibeira ou jiló
Dessa vida
Cumprida à sol
Sou caipira pirapora nossa
Senhora de aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
À custa de aventuras
Descasei, e joguei
Investi, desisti
Se há sorte, eu não sei, nunca vi

Sou caipira Pirapora nossa

Senhora de aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
Me disseram porém
Que eu viesse aqui
Pra pedir emRomaria e prece
Paz nos desalentos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar
Sou caipira Pirapora nossa
Senhora de aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

Renato Teixeira
(Elis Regina)

Fernando Pessoa

A criança que ri na rua,
A música que vem no acaso,
A tela absurda, a estátua nua,
a bondade que não tem prazo -

Tudo isso excede este rigor
Que o racioncício dá a tudo,
E tem qualquer cousa de amor,
ainda que o amor seja mudo.

Fernando Pessoa

segunda-feira, 29 de maio de 2006

"Envolvência" - Acrílico sobre papel
2005
Ana Cláudia Albergaria
" Família em flor" - acrílico sobre papel
2005
Ana Claudia Albergaria

sexta-feira, 26 de maio de 2006

A Metade...

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço,
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflicta em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente
Complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a plateia e a outra metade, a canção.

E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 25 de maio de 2006

"Abrigo Azul"- Acrílico sobre tela
2005
ana Cláudia Albergaria

terça-feira, 23 de maio de 2006

Tripla Personalidade

Tripla Personalidade
Pastel - 2004
Ana Cláudia Albergaria

Turbulência

Turbulência - Acrílico sobre tela
2005
Ana Cláudia Albergaria

O Limite.

" O limite" - Acrílico sobre tela.
2006.
ana Claudia Albergaria

sábado, 20 de maio de 2006

Para além da curva da estrada



"A escada" - Acrílico sobre tela.
ana claudia albergaria




Para além da curva da estrada


Para além da curva da estrada
talvez haja um poço,
e talvez um castelo,
e talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
só olho para a estrada antes da curva,
porque não posso ver senão a estrada
antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
e para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui
e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
esses que se preocupem com o que há
para lém da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá,
quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva,
e antes da curva
há a estrada sem curva nenhuma.

Alberto Caeiro

quinta-feira, 18 de maio de 2006

As Pontes


"As Pontes" - Acrílico sobre tela
2006
Ana Cláudia Albergaria

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Azul e Ouro


"Azul e Ouro" - Acrílico sobre tela.
ana claudia albergaria

O rosto











"O rosto" - Pintura a Pastel
Ana Cláudia Albergaria

Especialmente para ti ...

Sei-te de Cor

Sei de cor
cada traço
do teu rosto
do teu olhar.
Cada Sombra
da tua voz.
E cada silêncio
cada gesto que tu fazes
Meu amor sei-te de cor

Sei
Cada capricho teu
E o que não dizes
Ou preferes calar.
Deixa-me adivinhar
não digas que o louco sou eu
se for tanto melhor
Amor sei-te de cor

Sei
Por que becos te escondes.
Sei ao pormenor
o teu melhor e o pior.
Sei de ti mais do que queria
Numa palavra diria
Sei-te de cor

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Pela vossa imensidão!


Hoje
pode ser o que eu quiser...

porque não estou sozinha.
Deixo os meus pensamentos...
deixo-os ir ao vento...
Deixo-os abandonarem-me
para usufruir da brisa amena
que vem do coração de quem me quer bem...
Maré cheia de amor...
Maré cheia de alegria
que nesta noite vem banhar
o meu pensar...
Espuma fina de um mar de côr
que vem amaciar a minha dor.
Tantos braços a abraçarem-me
tantas mãos a acariciarem-me
verdadeiras amizades!
Verdadeiras amigas!
Flores que nasceram na praia
em mês de toda a estação,
que crescem como as pérolas puras
nos corais do coração.

Obrigada... AMIGAS!
pela vossa imensidão...

ana claudia albergaria.




terça-feira, 2 de maio de 2006

Nasceu uma Tela...

... da amizade. Estas cinco amigas dedicam-te esta tela (ainda em preto) para preencheres com a tua arte. Esta foi a forma que encontramos de demostrar o quanto és importante para nós e o quanto tens para mostrar ao mundo.
A Tela da Claudia, da sua Arte, do seu Sorriso e da sua Vida.

As Cores da Claudia

As Blogueiras


Estas são as cabeças que estão por detrás deste blog. Sim..., porque por detrás (de frente, de lado) de uma grande mulher estão sempre 5 grandes amigas!!!!!!!

Porque...

A Vida é feita de pequenos gestos como este...
A Amizade é um dos condimentos mais sublimes...
É na Pessoa Humana que confiamos os principais valores
Acreditando que Alguém nos ajuda a tornar tudo isto possível
Obrigada amiga!
Um beijinho e muitas Felicidades
Ana Lopes

As Cores do Outono

Porque sabemos que tu gostas...

Lua e Flor
Eu amava como amava algum cantor
De qualquer clichê, de cabaré, de lua e flor
Eu sonhava como a feia na vitrine
Como carta que se assine em vão
Eu amava como amava um sonhador
Sem saber por quê e amava ter no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia não amanhece não
Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse como te contar
Oswaldo Montenegro

Para a minha Amiga Claudia...

Onde quer que você esteja
Em Marte ou Eldorado
Abra a janela e veja
O pulsar quase mudo
Abraço de anos-luz
Que nenhum sol aquece
E o oco escuro esquece.
(Pulsar - Caetano Veloso/Augusto de Campos)

Mais um ano na tua vida, mais um ano a acrescentar à nossa amizade. Estejas onde estiveres (ou eu), são momentos como estes que nos fazem ver o quanto é fácil demonstrar que gostamos das pessoas e como elas são importantes para nós.
Podes sempre contar comigo, como eu sei que poderei sempre contar contigo.

Muitos Parabéns e Muitas Felicidades, amiga.

Paula Cruz

As Cores do Outono II

Alma de Poeta

Em busca de mim…

Não me encontro,
Busco-me
incessantemente
Como a água do rio busca
o mar
Para aí me unir à
imensidão… me deixar
levar…
Por entre caminhos
árduos tomo o meu rumo
Sem contudo o conhecer,
sem o planear.
Estou aqui, o caminho é
este,
Sigo, mas não a cantar.
Buscando em tudo e em
todos a parte
De algo que em mim
existe sem cor,
Nada encontro que me
inebrie o olhar
Que me anuncie a paz…
o amor!
Procuro no céu uma
estrela que me guie.
Deito-me na relva fresca
(que não há aqui)
Alimento a saudade de
um passado
Na verdura das
primaveras que perdi.
Ai… quero ser gaivota…
ser asas!
Quero voar dentro de
mim, para mim.
Ser alguém melhor que eu
Ser eu e… mais eu,
verdade e fim!
Quero ser a minha mãe, a
toda a hora,
Seu rosto, suas mãos de
cetim
Seus olhos de água que
choram
Ainda hoje, no infinito, por
mim!
Quero ser o sorriso do
meu filho,
Suas mãos construtoras
do futuro
Seus olhos de verdade e
de esperança
Na vida, no ser, no que é
mais puro!

Ana Cláudia Albergaria

Para uma amiga especial

Cláudia,

Uma grande mulher apenas pode ter grandes gestos de amizade.
Para ti, que és uma grande mulher e, portanto, uma grande amiga, as maiores felicidades.

Um grande beijo, da tua amiga

Idalina Machado

As Cores do Verão

QUERIDA AMIGA...

Muitas são as coisas que eu gostava de te dizer, mas como sabes o espaço que disponho é curto (pois as outras amiguitas também querem deixar as suas mensagens) …
No entanto, não posso deixar de te dizer o quanto és importante e muito especial…

Enquanto mulher, colega e AMIGA…
Sim, ÉS UMA GRANDE AMIGA!!!
OBRIGADA PELA TUA AMIZADE, POR TUDO AQUILO QUE ÉS!!!

Da tua amiga que te adora e que vai estar sempre ao teu lado;

Zeza

Mana...

Abre as tuas asas e voa!
Atrás de um sonho, de uma paixão
Do que quer que seja!
Não deixes nunca que algúem tas corte!!!!
Põe nos teus poemas a tua alma
E eles serão sempre textos "Iluminados"
Pinta os teus quadros com a Luz da tua Aura
E eles serão como sempre ...
Radiosos porque eu sei que
Tu és um ser abençoado!!!
Mas eu também o sou por
Te ter a Ti como minha irmã!!!
Sem Ti não saberia sequer imaginar-me!
ADORO-TE! AMO-TE!!!!!
Cristina

Cores da Primavera

CINCO CONSELHOS ...

Ama Intensamente (Zeza)
Desfruta a vida sempre com alegria e com um sorriso nos lábios (Idalina)
Come menos (conselho a seguir também pela Paula)
Do not give up ... E aprende inglês!!! (Elizabeth)
Liberta-te! Dá asas à tua magia... (Ana)


Segue à risca os conselhos das tuas Super-Amigas e verás que a vida será muito mais fácil!!!!!!!!!!!!!!!! (além disso há que referir um pequeno pormenor - tu sem nós não eras ninguém).

Ao teu coração de estudante

Coração de estudante

Quero falar de uma coisa
Adivinha onda ela anda?
Deve estar dentro do peito
Ou caminhar pelo ar

Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu

Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê flor e fruto

Coração de estudante
E há que se cuidar da vida
E há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade

Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes: planta e sentimento
Folhas, coração, juventude e fé

Milton Nascimento e Wagner Tiso

Para você Cláudia, que é uma mulher admirável...

Que sabe criar o belo do nada,
que é uma super-mãe, que tem um coração enorme, um sorriso lindo e olhos a brilhar juventude (e que consegue me aturar :-))...
Com a cor da esperança e o carinho da amizade, desejo-te amor, felicidade e (não me canso de repetir) alegria e muitos sonhos espalhados no caminho. Verdes: planta e sentimento. Folhas, coração, juventude e Fé.
Obrigado por tomar conta da nossa amizade!

Elizabeth

Cores de Mulher

Parabéns tia

2 de maio de 2006, 2.30 AM

Nuno Moura said...

O espelho da tua alma!Um dia eu vi...
Cores de verdadeira emoção...
De algo que sai do coração!
De sentimento puro,
Esclarecido numa tela,
De alegria vivida...E de talvez outra perdida.
Então eu soube!
Soube que era mais do que via...
Era mais do que sentia..
Era talvez arte...Pedacinhos de um ser,
Retratos do mesmo.
Agora quando olho novamente,
Sinto que faço parte dessa paisagem,
Há algo nela que me absorve,
Que me transmite páz!
Como uma melodia calma,
Que se vai apoderando de mim...
Da cabeça aos pés.
E tu tão bem consegues transmiti-lo.
Como o fazes?
Obrigado!

Nuno Moura

Querida Tia...

Aqui vai...
Tu foste uma das melhores coisas
Que a vida me deu!!!
Claro que o Gonçalito está incluido
Nas outras...

Só espero que no futuro
Ser como Tu ...
Inteligente e conseguir os meus objectivos!
Tu és uma lutadora! Conseguiste!!!!

Sei que não foi fácil o teu percurso
Mas no fundo do túnel viste a luz!!!

Só espero que não te esqueças de TI!!
Pois não gosto de te ver triste e a chorar.
Aproveita a vida ao máximo.
Curte a Vida!!!

Tua sobrinha Natércia

Parabéns!!

Feliz Aniversário

Em poucas palavras gostaria de falar sobre uma grande mulher - TU!
Mas teria tanto por falar que sei que não teria palavras suficientes no meu tão pequeno vocabulário.

Mas nele existe uma tão pequena palavra - Grande:

És grande mulher pela tua força, lealdade e coragem.
És grande mâe pois os teus instintos maternais e protectores são o reflexo do signo que te comanda.
Enfim... grande...grande em tudo, porque és um simples ponto de luz no universo
que todos os que te rodeiam querem alcançar. Eu já lá cheguei. Obrigado.

Neste dia venho aqui desejar um Feliz aniversário, que não seja mais um mas sim um dos muitos que viverás junto dos que mais amas.

Um grande beijo deste teu amigo...

Rui Vitorino.

Passagem da Tela...


Depois destes primeiros rabiscos cabe à artista continuar a colorir a Tela...